quinta-feira, 8 de novembro de 2012

BERLIM DIÁRIO (fechar fronteiras) 7

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Uma história: hoje tropecei nas escadas do metro, apoiei-me com as mãos, abri o pulso, fui ao hospital, fizeram-me uma radiografia, aconselharam-me uma operação, fui anestesiado, operado, cosido, libertado, voltei a tropeçar e abri o outro pulso mas vim para casa, não quis ir ao hospital, mas o pulso inchou e acabei por voltar ao hospital e deram-me remédios, depois vim para casa, não consigo escrever, não consigo escrever, não consigo escrever, não consigo escrever, não consigo escrever, não consigo escrever. Acabou-se a história.

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E no entanto insisto em confundir a página de um livro com o sabor de uma falafel ou boulette mastigada a andar. E ignoro os diálogos. O que é que lhes terá acontecido?

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Num documentário na TV sobre Havana, vi crianças do subúrbio a jogar ping-pong sem bola. Fez-me lembrar um filme burguês.

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